quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mario Quintana (2)

QUANDO ME PERGUNTAM 
                 
MOMENTO QUINTANA DE SETEMBRO            Quando me perguntam por que não aderi a essa história de 'estória', respondo (e não evasivamente) que é simplesmente porque, para mim, tudo é verdade mesmo. Acredito em tudo. Acreditar no que se lê é a única justificativa do que está escrito. Ai do autor que não der essa impressão de verdade! Que é um história? É um fato - real ou imaginário - narrado por alguém. O contador de histórias não é um contador de lorotas. Ou, para bem frisar a diferença, o contador de histórias não é um contador de estórias. E depois, por que hei de escrever 'estória' se eu nunca pronunciei a palavra desse modo? Não sou tão analfabeto assim. Parece incrível que talvez a única sugestão infeliz do mestre João Ribeiro tenha pegado por isso mesmo... Também um dia parece que Eça de Queirós se distraiu e o Conselheiro Acácio, por vingança, lhe soprou esta frase pomposa: 'Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia'. Tanto bastou para que lhe erguessem um monumento, com a citada frase perpetuada em bronze! Pobre Eça...
        O mundo é assim.  


Estou marcado na testa como os escravos fugidos: "Fugitivorum epigrammata".
Santinho Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário